quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Memória de Elefante (Caeto)



"Memória de Elefante" não é uma puta graphic novel, mas é um bom livro em forma de quadrinhos. A verdade é que, por ser meio parecido com a narrativa de "Retalhos", a comparação foi quase obrigatória e aí "Memória" sai perdendo.

É uma leitura que vale, por exemplo, pra aliviar o peso de um livro chato ou algo assim, mas a ilustra é muito crua e a história que começa razoável vai ficando boa de verdade perto do final.

Os aficcionados por HQ talvez vejam mais qualidades na obra do que eu vi, mas pra mim é um livro bonzinho e nada mais.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Festa no covil (Juan Pablo Villalobos)


Acabei de ler Festa no Covil durante o meu horário de almoço e, confesso, ainda estou atordoado. A história é contada por um menino órfão de mãe e filho de um chefão do narcotráfico mexicano.

A visão dele sobre seu palácio no meio da selva e as 14 pessoas que ele conhece, sua forma de perceber as coisas a partir do submundo onde é criado, tudo isso dá um sabor agridoce à leitura.

Devo ter lido tudo em menos de duas horas e, sinceramente, já me deu vontade de descobrir outros títulos do autor. Um livro curto e marcante. Uma leitura deliciosa e dura.

É o tipo de presente que eu daria feliz para o meu melhor amigo no Natal.

As verdades que ela não diz (Marcelo Rubens Paiva)


Eu gostei muitíssimo de Feliz Ano Velho e curti bastante Blecaute, o que me levou a comprar mais este livro de Marcelo Rubens Paiva.

São crônicas sobre a relação homem/mulher que, embora bem escritas e com estilo gostoso, muitas vezes são previsíveis.

O resultado é um livro bom para passar o tempo, que fala de algumas questões comuns a todo mundo e que, se não é um prodígio da análise humana e da originalidade, não é de forma alguma uma leitura ruim.

Acho até que tem gente que vai gostar bem mais do que eu.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Diário da Queda (Michel Laub)


Diário da Queda é um livro surpreendente na forma e marcante no conteúdo. A história de um menino judeu que se transforma em algoz e vítima ao longo de uma narrativa que passa por Auschwitz, pela queda de um colega na festa de aniversário e pela prórpia fraqueza diante da vida.

Um livro que não se deixa largar e uma história que faz pensar sobre tudo de inconfessável que há em nossas vidas, desde pecadinhos hediondos até grandes horrores escondidos.

A inviabilidade da experiência humana questionando o próximo passo e um fato que muda todo o rumo de uma vida.

Recomendadíssimo.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Monstros (Gustavo Duarte)



Que livro bem cuidado, que ilustras de primeira, que narrativa bacana mesmo sem uma palavra. Gustavo Duarte acertou a mão nesta obra que a gente lê, relê, repara detalhes e passa o tempo deliciosamente.

Deveria ser mais longo, deveria ter mais monstros, deveria ter outro pra eu comprar mês que vem.

Muito legal.

Chamadas telefônicas (Roberto Bolaño)



Meu primeiro livro de Roberto Bolaño deixou uma sensação incompleta. Tem textos muito bons e outros bastante chatos. Pra falar a verdade, acho que preciso ler outras coisas dele pra formar minha opinião sobre o cara.

A primeira parte do livro é mais interessante, mas depois disso ele começa a oscilar bastante. Não sei se é um dos primeiros livros do Bolaño, mas quero ler algo mais consistente pra entender melhor tudo o que se diz sobre ele como autor.